quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Morte.


Cena do crime.



Faz muita sujeira né? Joga veneno.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Oh my God, another poem about emptyness!

Arte e filosofia constantes e em grande quantidade me faz falta.

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As my eyes would get my blood thicker,
I'd have that combustion in my chest again.
But that ain't possible at the moment...
I'm not allowed to feel anything right now

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Tédio

É tudo uma coisa só
O asfalto, o céu, os prédios, o mendigo
Numa grande massa nojenta, a mistura de todas as cores com a ausência delas
Todos numa curta existência eterna, cheia de finalidades.
Até quando? Até quando...

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Placebo Expectations

Way to go guys.
You couldn´t have done better.
We don´t need to try to define hypocrisy no more
And we don’t need to think there’s hope for change
When the ones who were leading the way
Suddenly turn and start going on the opposite direction
Very stimulating
To see you selling our dreams
And proving that you were wrong just from the beginning
Far away from here, I think I wouldn’t have ceded the temptation of the pen.
And although your actions suggest that anybody would have,
I can’t help hating you.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Ciclo vicioso

Da loucura ao suicídio minha mente se abstrai.

O medo da pré-montada sensação de se deparar com o artificialismo me corrói e assombra.

Esse infinito câncer metalinguístico se desenvolve em minhas entranhas e amaldiçoa tudo aquilo perceptível pelos 6 sentidos.

Afinal, terá fundamento minha dialética, ou misturo aqui fonemas desconexos, pretendendo ser o que não sou?

Já nada mais importa, se de nossos casulos não sentimos o mundo propriamente dito.

Meu amigo, serão essas palavras símbolos de sentimentos, ou mais uma sequência manufaturada e reciclada de bases nitrogenadas, buscando apenas atingir expectativas?

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

For An Old Friend

Para embolotar o cérebro...
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Se uma pessoa se preocupa muito com as outras
Mas não se preocupa consigo mesma
Mas as outras pessoas se preocupam com ela
E Sofrem por ela não se preocupar consigo mesma

"E agora, José?" O altruísmo virou egoísmo?

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Momento II

O Guitarrista, empunhando seu instrumento, confundia-se com ele. Notas perfuravam a atmosfera, invadiam os cérebros em sinapses melódicas, era o Ecstasy em cada vaso capilar da massa encefálica, era a inundação de serotonina.

Baquetas cruzavam o ar infinitamente, e o Baterista ditava o tempo do movimento de todos os seres presentes, como o Deus do Ritmo, numa frenesi.

O baixo ressonava e marcava a pulsação que estrondava no peito de cada um e circundava, englobava tudo, num abalo sísmico, como só o Mestre dos Graves sabe fazer.

Os sopros geravam uma inundação auditiva e se uniam na Harmonia que afasta o Céu e o Inferno, formando um Acorde Supremo que, separadamente, jamais seriam capazes de fazer.

O vocalista gritava as vozes de todos, uma voz era todas, todas vozes eram uma, o Uno era igual ao Todo.

Tudo aquilo era um turbilhão de emoção, sons e adrenalina, unidos como um grande sistema circulatório, loucura. O sangue fluia, fervendo, e naquele momento, que durou para sempre, ninguém precisava de mais nada para se sentir bem.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Combustão Espontânea

Taxa.
Troco.
Ajuste.
Reajuste.
Bolsa. Quota.
Juros. Parcela.
Custo-benefício.
Pagamento. Aluguel.
Promoção. Mercadoria.
Marketing. Empresa. Outdoor.

Explosão.

Saturado

Escrever sobre União virou clichê.
Farei a maior das poesias, vou praticá-la.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Bicho

O Bicho não tem
O Bicho é.
O Bicho não sabe
O Bicho existe

Existe porque existe
Existe por si só.
Contenta-se em viver.
Contenta-se em voar, correr, nadar, latir, gritar, piar, comer, dormir, acasalar.
Contenta-se em existir.

Vivem por viver, sem buscar sentido.

Apenas são.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Nada II

Não sou
Não sou um terço do que queria ser
Serei metade daquilo que queria não ser
Sendo apenas uma fração de tudo aquilo que gostaria de ser

Serei médio
Serei "bonzinho"

Serei Nada.

Nada

Sou um homem.
Sou apenas um homem.
Não decido nada no mundo.
Não sou político poderoso.
Não sou artista famoso.
Não tenho eleitores nem fãs.

Sou só um nada no vazio, um corpo no espaço
Massa uniforme e padrão, ouvidos e talvez um baço

Só mais um espécime nessa receita genética.
1/7 x 10 elevado à nona-avos da população nessa eterna dialética.

Faço parte da manada

Faço parte desse nada.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Momento

Fim da tarde, dois amigos sentados no gramado do quintal.
Fitando o Sol, laranja vivo no horizonte poente, derramando suas mechas ruivas sobre a cidade.
O fogo da paz ao longe parecia pedir perdão por tudo que já destruiu desde que o mundo é mundo.
Para aqueles dois, o reggae que ouviam e a cerveja que bebiam lentamente eram apenas acompanhamento para aquele estado de espírito harmônico, e não fatores que o geravam.
O momento era aproveitado ali e na hora. Sem pensar no que era necessário fazer para desfrutar do futuro. Apenas aproveitavam. Apenas sentiam. Apenas eram. Eram apenas.
A pele gozava o vento morno que tateava.
Os olhos bebiam da infinita paisagem estática.

As palavras poucas eram digeridas sem pressa, cada uma repleta de sentido e significado, ao contrário das avalanches de vômito lexical, que nos assediam mentalmente sem pudor, no estonteante asco verbal imperativo que faz nossa sociedade-máquina girar e apodrece a mente.

-Em algum lugar do mundo, o dia deve estar horrível. - ergue a bebida - Um brinde aos nossos estranhos amigos. Que o Sol brilhe para eles outro dia, assim como brilha hoje para nós.

E beberam juntos ali aquele fim de tarde.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Auto Destruição

Larga essa guitarra moleque; e vai estudar
Que isso aí não constrói prédios
Não leva seu país pra frente

Larga esse sonho bobo que te aliena
Que já é hora de crescer

E nem pense em me vir com história de mudar o mundo
Que já te foi o tempo de brincar

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Anestesia ou Vestibular pra que?

A mesa de vidro que reflete o céu
basta para tirar meus olhos do papel
árvores e nuvens dançam ao vento
que leva embora meu pensamento

em cada cor desse mundo, uma desculpa eu invento
para tentar sair desse desalento

mas o azul do céu não me traz compreensão
no pleonasmo que é "guerra em vão"
o verde das folhas não me traz "clareza"
pois o amor vale menos que a esperteza

sábado, 1 de maio de 2010

Nunca vou escrever um poema de amor

Nunca vou escrever um poema de amor
Pois só o amor
Por si só
Pode descrever o que é o amor



ops.